A junção do Céu e o Mar

Sentada na areia fina e gelada observo o negro do céu se fundir ao reflexo escuro e sem fim do horizonte do mar, a lua esta cheia e no meio dessa imensidão de preto tem a luz prateada dessa lua que tem uma beleza intensa porem melancólica. O vento conversa comigo e eu somente queria que minha mente se aquiete por mais que um milésimo de segundo pra ouvir a canção do vento, e nesse segundo andar em direção ao abismo parece ser o certo a se fazer, se eu der sorte posso tocar a lua. Ao caminhar em direção a água pé ante pé uma parte do meu cérebro tenta me dizer que isso não é uma boa ideia já que eu não sei nadar, mas a outra parte dele é tão barulhenta e agitada eu somente quero calar essa parte e afundar todos os sentimentos que se afloram de uma só vez e torna parte de mim um amontoado de tudo que não significa nada. A água está gelada e conforme eu vou avançando as ondas batem com força e me forca a dar passos para traz como se nem a água do mar fosse querer este corpo de carne em conflito, mas em terra eu ja luto contra ondas mais esmagadoras todos os segundos com tudo dentro da minha cabeça que se transforma em falta de ar e em água salgada que rola pelo meu rosto por isso eu continuo insistindo em tocar a lua na junção do céu e o mar. Ouço uma música ao longe e tudo isso é angustiante, minha mente turbulênta, coração acelerado, respiração irtercalada, uma fina dor na região do hipotálamo a água gelada do mar ja sob meu tórax e agora essa música, de onde vem essa música parece vir da areia que ja está tão longe.
Fecho os olhos pra tentar aquietar tudo isso e ao abrir devagar novamente os olhos eu tô deitada na areia ainda, meu celular esta tocando e eu não tive coragem de entrar na água. Minha cabeça continua uma confusão, coração acelerado e o ar me falta aos pulmões e eu nem entrei na água, talvez se eu entrar tudo isso faça sentido ou se acabe de uma vez.

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