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Uma Estranha

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      Quero dançar uma musica lenta numa noite quente de dezembro com você. Quero acordar e ver meia garrafa de vinho, roupas no chão, luzes que esquecemos de apagar e você, você dormindo e neste instante quero admirar seu sono por longos e silenciosos minutos, e ir embora.      Em seguida quero mudar de nome, de número, de identidade. Quero deixar pra você apenas um bilhete dizendo: Obrigada. Deixar as luzes acessas, a meia garrafa de vinho, e o perfume entranhado nos lençóis e na quela roupa que agora acolhe o frio do piso do seu quarto. Quero assistir de perto e de longe você não entender o que aconteceu, querer descobrir se o rosto e o sorriso que estampa sua mente da noite passada, da sua nova "amiga", são reais ou se você fantasiou cada momento. Quero deliciar-me ao ver você correr até o café  onde nos esbarramos na ultima terça-feira e perguntar ao balconista se me viu _ eu costumava ir ali pra lhe ver a travesar a rua no fim do expediente_ Quero ver você dizer a se

SEM FREIO

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     De repente tudo muda e você não se encontra preso nas entrelinhas dos tantos textos lidos e redigidos a mão.      Como um automóvel desgovernado, prova-se e faz de teu próprio corpo teste do pecado, do errado, do inesperado do que é bom para o inconsciente tornar-se a consciência da voz que te toma.      Encontra-se então  com a ambrosia que te destina tornar há ti um Deus, um Deus grego, nórtico ou indu?      A ambrosia doce, macia e proibida, dada a você dentro do santo grau, é difícil rejeitar, é complicado explicar a sensação e impossível somente provar.       A partir do segundo em que o doce proibido tocar os seus lábios você torna-se parte desta escoria denominada humanidade e usa como escudo, falha e hipocratas palavras, que somente demonstram o quão pobre de alma é esta criatura. Criatura esta que é você, seu amigo, seu amor que ama outro, seu pai, seu desejo, sua culpa, e até mesmo eu uma completa estranha.