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Mostrando postagens de 2024

Ao Sr 2024

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  É 2024 você foi um ano em que eu perdi pedaços de mim, me vi morrer e sangrar e fingir que estava tudo bem por mais vezes do que me le mbro.   Você começou devagar e nos primeiros meses acreditei de verdade que seria diferente, que seria um ano melhor, parecia até um do s meus amores, me conquista depois me engana e me decepciona.   Mas eu criei o hábito de ver os pequenos bons detalhes, você não foi de todo mal, teve alguns dias muito bons, outros dias apenas bons, no entanto os dias ruins foram muito ruins e como um aparelho criado nos anos 90, eu estou exausta nesse fim desse teu ano e com os ósculos do f im da temporada somente queria que o narrador dessa história vi e sse a ler “Alguns anos depois” e lá estaria eu realizando sonhos que parecem inalcançáveis hoje, onde estaria numa realidade onde eu apenas quero que o dia acabe. Enfim 2024 obrigada por me mostrar que eu estou cansada de mais pra continuar lutando.  

Aurora a atriz

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  Sentada no chão olhando para o céu buscando desesperadamente algo em que se agarrar Aurora  não percebe, mas está mais frio e uma fina garoa c omeça a cair.   A tristeza angustia e solidão que sente são tão devastadoras que o clima não mais lhe afeta.   Está a tanto tempo perdida dentro da escuridão de si mesma que esqueceu como é o calor do sol.   O engraçado desse quadro é que ninguém vê o quão soterrada em angustia Aurora está , já que vivem dizendo que seu sorriso ilumina o ambiente, está ai algo em que ela foi se especializando em toda sua vida , fingir sorrisos e não demonstrar que está desabando para não se preocuparem e ela se tornar um fardo.   Quando disse a si mesma uma noite em que seu peito parecia querer explodir dentro da caixa torácica que não estava bem e isso fazia anos, percebeu o qual sozinha se tornou , olhou para televisão que estava passando uma série de TV dos anos 90 que já assistira mais v e zes do que se recordava com o...

Roda Gigante

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  Não foi fácil convencer o operador da roda gigante a me deixar ir sozinha no brinquedo, mas no fim ele não estava tão preocupado com a segurança no brinquedo e sim em diminuir logo a fila e me deixou subir sozinha, ali em cima onde os sons dos outros brinquedos e do burburinho de humanos conversando, sorrindo e até mesmo chorando se transforma num sussurro longínquo e depois de muito subir e descer a vez do meu acento estacionar no ponto mais alto da roda gigante chegou, esse momento é esperado com frio na barriga por adolescentes com seus primeiros namorados, a expectativa de um beijo longe de todo mundo, até pedido de casamento eu já presenciei aqui, mas não era meu, assim como o beijo de alguém ou a companhia aqui em cima, me acostumei a companhia de mim mesma e do vento mais frio que sopra por aqui, da sensação de paz e quietude, da vontade de ficar aqui por mais que alguns poucos instantes. Nós momentos em que se segue ali de cima eu olho o céu ainda mais distante de mim, ...

C A R N A V AL ! ! !

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 Embriagada pela magia invisível presente numa avenida de carnaval me perdi na beleza de uma multidão de rostos desconhecidos, corpos suados e cores exuberantes todas misturadas em um espiral quase alucinógeno. Perdida no meio de um turbilhão de pensamentos envolvidos em sentimentos que me fez experimentar a mais pura sensação de estar flutuando em meio a músicas nostálgicas e ao liquido gelado da cerveja descendo sob minha garganta e a imagem de um casal se beijando e se perdendo cada um para um lado, sorri absorvendo cada segundo como se fosse um quadro único perdido no milésimo de um segundo do qual jamais fará parte de exposição alguma. Os cheiros se misturam a tudo o mais que parece impossível ser tátil e torna-se uma fragrância única que somente dentro daquela bolha magica atrás de um caminhão com uma potência de som única poderia existir. Eu ouvi um casal, real?, não saberia dizer, reafirmar seu amor em meio a devassidão, eu vi alguém chorar um amor preso na garganta d...